Douglas Wires nasceu em 1971, é casado e mora atualmente no Rio de Janeiro, atuando no mercado de turismo desde 1995. Fluente em inglês, é emissor Amadeus e Sabre de passagens aéreas nacionais e internacionais. Trabalhou em empresas como: VARIG, OCEANAIR e CARLSON WAGONLIT, adquirindo sólidos conhecimentos e experiência em cálculos de tarifas aéreas, supervisão de reservas e negociação de serviços de viagens.

COMO EMPRESAS DE TRANSPORTES LAVAM DINHEIRO

Fonte: Monitor das Fraudes
As companhias aéreas, assim como as de transporte de passageiros em geral, tem duas características que fazem com que sejam muito interessantes para lavadores de dinheiro. Primeiro elas mexem com muitos clientes cada um pagando valores mediamente elevados pelos serviços. Segundo não existe (ainda) uma maneira segura e confiável para monitorar o volume de passageiros e conseqüentemente a origem dos fluxos financeiros destas empresas.
Vamos fazer um exemplo bem prático (mesmo que simplificado): Uma empresa aérea, cúmplice ou controlada por lavadores, tem um avião com capacidade para 200 passageiros. Em uma viagem típica cada passageiro gasta digamos R$ 400 pela passagem. O avião faz em media 6 viagens por dia. Isso quer dizer que, dependendo da ocupação do avião, a empresa pode faturar, com este avião, de 0 até R$ 480 mil por dia, ou seja quase R$ 14,5 milhões por mês. Digamos que a empresa viaje na realidade com 50% de ocupação ou seja fature pouco mais de 7 milhões por mês e declare, em vez, que está viajando com 100% de ocupação (depositando nas contas dela 7 milhões a mais em dinheiro dizendo que são os pagamentos das passagens)... Quem poderá dizer numa fiscalização futura que isso não é verdade? Neste caso eles terão lavado 7 milhões de Reais por mês, criando uma origem para o dinheiro sujo. O mesmo pode acontecer com uma frota de ônibus, de carros de aluguel etc...

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