Douglas Wires nasceu em 1971, é casado e mora atualmente no Rio de Janeiro, atuando no mercado de turismo desde 1995. Fluente em inglês, é emissor Amadeus e Sabre de passagens aéreas nacionais e internacionais. Trabalhou em empresas como: VARIG, OCEANAIR e CARLSON WAGONLIT, adquirindo sólidos conhecimentos e experiência em cálculos de tarifas aéreas, supervisão de reservas e negociação de serviços de viagens.
Esse guia é um check list que ensina como se pode proteger as
informações e os dados privativos de uma empresa, do cliente e do próprio funcionário
no ambiente de trabalho. De uma forma abrangente, hoje em dia, a segurança na
compra de um serviço com cartão de crédito e a segurança com documentos
pessoais, jurídicos e financeiros de uma empresa ou de um cliente estão
particularmente ligados muito mais ao caráter do funcionário contratado do que
os procedimentos de segurança listados a seguir, cujos quais apenas diminuem as
possibilidades de um golpe e a perda de um cliente para a concorrência.
AÇÕES DE SEGURANÇA ADOTADAS PELA
AGÊNCIA DE
VIAGENS
01) CANCELAR AS ASSINATURAS DO AGENTE DE VIAGENS QUE FOI
DESLIGADO DA EMPRESA PARA QUE ELE NÃO TENHA MAIS ACESSO:
a) As ferramentas de emissão de passagens aéreas: GDS e
portais WEB.
b) Aos sites das cias aéreas: NHT, GOL, TAM entre outras.
c) Aos sites dos fornecedores hoteleiros: portal ACCOR, rede
Atlântica, rede Othon, CMNET, etc.
d) Aos sites das locadoras de carro: Localiza, Hertz, Avis, Alamo.
e) Aos sites das operadoras de viagens: TREND, INTEREP,
INTERMUNDI, MOVIDA, etc.
f) Ao back office e a intranet da agência.
Esse procedimento impedirá que o ex-funcionário faça reservas
em proveito próprio diretamente nos sites dos fornecedores de serviços de
viagens utilizados pela sua antiga empresa, protegendo portanto, a agência de
viagens de não receber uma fatura de um serviço que ela não solicitou e também
de proteger a integridade das informações arquivadas em seu back office e
intranet.
Esse vídeo mostra como as
agências de viagens bloqueiam o acesso dos seus ex-funcionários aos sites dos
seus fornecedores de serviços de viagens.
Esse outro vídeo mostra como as agências de viagens limitam as assinaturas dos agentes de viagens aos sites de emissão de passagens aéreas na internet. Dessa forma, reduz-se em apenas uma única assinatura o acesso do agente de viagens aos esses sites, diminuindo com isso as possibilidades do TI se esquecer de cancelar alguma assinatura caso cada agente tivesse uma assinatura para cada cia aérea.
NOTA: A escolha dos sistemas de reserva
e emissão de uma agência influência também no quesito segurança. Entre os GDS,
o AMADEUS é o mais seguro porque para ser instalado é necessário que se tenha
um número de um certificado digital, cujo qual só é distribuído a pessoas
autorizadas na agência. Cada máquina tem um número de certificado diferente da
outra, não sendo possível utilizar o mesmo certificado em duas máquinas por
exemplo. Já o SABRE não utiliza certificados, pois sua instalação é por meio de um download (digite no Google SABRE RED, e você acessará o link de instalação do SABRE). Isso
facilita muito o seu uso indevido por agentes de viagens que podem instalá-lo,
sem o conhecimento da agência, em seus computadores pessoais, inserindo no
momento da instalação informações que
estão ao seu alcance, como: PCC, assinatura,
senha e o número da tela. Outra falha de segurança quanto
aos sistemas é o link dos portais de reservas web. Existem agências que pensam que
só o fato de demitir um funcionário já estão o restrigindo ao acesso do
sistema. Puro engano! Se o funcionário salvou o link do portal de emissão no
item FAVORITO do seu Google Chrome ou se
ele enviou esse link para o seu email pessoal para depois salvá-lo no item
FAVORITO do navegador que utiliza no computador de casa, então esse
ex-funcionário terá acesso ao portal da agência por mais privativo que seja o link.
Por essas razões, a agência deve cancelar todas as
assinaturas de acesso aos sistemas de reservas e de emissão do ex-funcionário
no momento da sua demissão. Postergar isso, é correr o risco de ter
informações dos seus clientes violadas ou suas reservas canceladas num ato
de sabotagem de um funcionário inconformado com sua demissão. 02)EXIGIR QUE OS FORNECEDORES DA AGÊNCIA, QUE
DISPONIBILIZAM FERRAMENTAS DE RESERVAS WEB POR MEIO DE PORTAIS OU LOGIN EM
SITES, CADASTREM O EMAIL DO SUPERVISOR DA AGÊNCIA DE VIAGENS EM SEU SISTEMA
Esse procedimento fará com que o supervisor receba uma cópia
da reserva feita pelos funcionários da agência para que com isso ele possa monitorar se quem solicitou tal reserva é
ainda funcionário da empresa.
3) ALTERAR FREQUENTEMENTE A SENHA
a) do BSPlink.
b) do Lotus Notes, Zimbra, Outlook, webmail ou de qualquer
outro servidor de email utilizado pela empresa.
Note que, o email do agente de viagens que foi demitido não
pode ser deletado porque algum cliente desavisado pode enviar um email de
solicitação de reserva para ele. Por essa razão, o supervisor deve sempre
receber cópias de todos os emails enviados para a sua equipe. 04) RESTRINGIR AO MÁXIMO AS INFORMAÇÕES JURÍDICAS DA
EMPRESA DOS DEMAIS FUNCIONÁRIOS
Informações como: CNPJ, IE, IATA, contrato social, documentos
escaneados com a assinatura e nomes
completos dos diretores, presidente e gerentes, PDFs com RG e cópia frente e
verso do cartão de crédito físico da agência de viagens são confidenciais ao
setor financeiro. Mesmo que um agente de viagens dependa deles para conseguir
de um fornecedor a aprovação do cadastro de faturamento para a agência, deve
ser responsabilidade do departamento financeiro o envio de tal carta com
esses documentos em anexo ou fax.
Esse procedimento é para evitar que um ex-funcionário de
posse dessas informações faça o cadastro em sites de redes hoteleiras e em
operadoras de viagens para obter sem o conhecimento da empresa, um login e
senha de acesso para mais tarde fazer reservas de uso particular, penalizando a
agência de viagens em pagar a conta ao receber a fatura de um serviço cujo qual
seu cliente não solicitou. Também é possível utilizar ferramentas simples em um computador como o WORD, PAINT, PDF e os comandos COPIA e COLA, para criar um documento falso utilizando-se de dados verdadeiros de outros documentos!
Geralmente, a divulgação dessas informações ocorre justamente
pela falta de tempo e pela “preguiça” do funcionário do departamento financeiro
de solicitar diretamente ao fornecedor o cadastro para faturamento de serviços
terrestres. Ao invés disso, ele encaminha a documentação para o agente de
viagens fazer isso em seu lugar, passando para esse a responsabilidade de
providenciar a aprovação de tal cadastro, mas divulgando ao mesmo tempo essas informações
confidenciais.
05) RESTRINGIR OS FUNCIONÁRIOS DE USAREM SEUS NOTEBOOKS
PESSOAIS NO TRABALHO
É a empresa que deve fornecer ao funcionário a ferramenta de
trabalho. Por mais barato e conveniente que seja ter um funcionário usando o
seu computador pessoal para trabalhar, essa facilidade acaba abrindo uma brecha
na administração de segurança da empresa, pois se esse funcionário for um
promotor de vendas e amanhã ele pedir demissão, todos os dados dos clientes
atendidos por ele estarão retidos na sua máquina: negociação com o cliente,
relatórios de vendas e lucro, contatos do gestor da conta, etc. O ideal é a
agência fornecer ao promotor um netbook para ele se conectar à internet e a um
projetor para fazer apresentações da agência nas reuniões com os clientes. Fora
isso, qualquer informação de trabalho envolvendo clientes deve se restringir às
dependências da agência de viagens.
06) LIMITAR OS FUNCIONÁRIOS A NÃO TER INFORMAÇÕES COMPLETAS DOS CLIENTES – “O
SEGREDO É A ALMA DO NEGÓCIO!”
Um dos artifícios que a concorrência utiliza para ganhar um
cliente atendido pelo seu concorrente é justamente contratando seu
ex-funcionário. Os promotores são os maiores vilões nessa disputa, levando
informações e detalhes do perfil dos clientes da sua antiga empresa para a
atual. Por mais que seja difícil restringir dos funcionários informações dos
clientes atendidos por eles, ainda sim é possível limitá-los por meio de algumas
atitudes exemplificadas a seguir:
Exemplo I:tanto um
promotor quanto um agente de viagens podem ter acesso ao telefone de contato do
gestor de uma conta corporativa, mas o relatório do volume de compra de um
cliente só poderá ser acessado pelo gerente da empresa, preferencialmente do
departamento financeiro, porque se
amanhã esse gerente for trabalhar em outra empresa, o trabalho que ele irá
desenvolver não ameaçará a sua antiga empresa de perder um cliente para a
concorrência, ou pelo menos diminuirá as
possibilidades.
Exemplo II:um promotor
de viagens sabe qual foi a negociação acordada com um cliente porque foi ele
quem prospectou e ganhou a conta corporativa. Porém, para um agente de viagens,
o que é necessário saber é se os
serviços aéreos e terrestres serão feitos com tarifa comissionada ou com tarifa net. Pois se amanhã o agente de viagens for
demitido e contratado por outra agência, ele pode até falar se sua antiga agência
emitia passagens para uma conta cobrando a taxa DU ou se trabalhava com tarifa
net, mas não terá condições de revelar qual é o verdadeiro valor da taxa de
serviço cobrado por ela nas emissões com
tarifa net, e essa informação numa licitação vale um cliente, onde quem ganha é
quem oferece o menor preço!
07) NÃO DAR AVISO PRÉVIO AO AGENTE DE VIAGENS
Dessa forma, a agência de viagens não corre o risco de ter um
funcionário emitindo ou reemitindo passagens aéreas erradas (propositalmente).
Se um agente de viagens souber que será demitido, a atenção que ele tinha no
momento das emissões das passagens aéreas não seria a mesma quando fosse
notificado pelo aviso prévio. Quando um funcionário é demitido de surpresa, ele
não tem tempo de “roubar” informações confidenciais e vendas da empresa
(transferindo um PNR de grupo para o escritório de outra agência de viagens,
por exemplo), nem tão pouco de sabotá-la para depois a mesma ressarcir o
cliente sem poder cobrar dele o prejuízo pela falta de atenção porque o mesmo já
foi demitido.
08) BLOQUEAR TRANSFERÊNCIAS DE PNR PARA OUTRAS AGÊNCIAS NAS ASSINATURAS DOS AGENTES DE VIAGENS
Esse procedimento visa proteger a
integridade financeira da agência. Existem casos, principalmente na área corporativa,
que funcionários da empresa assistida pela agência solicitam passagens
particulares ao emissor do posto que atende sua empresa. O emissor então, faz a
reserva no sistema da agência onde trabalha, porém, antes de emitir a passagem,
transfere o PNR para uma consolidadora que trabalha com free-lancers (neste
caso, o próprio emissor) com o intuito de ganhar a comissão por essa venda particular uma vez
que a agência onde trabalha não remunera seus funcionários com vendas
particulares.
Para restringir essa prática, somente
a assinatura do supervisor da agência
pode ter permissão no GDS para
transferir um PNR de uma agência para outra. E no caso do agente de viagens que
age dessa forma, não há outra alternativa a não ser adivertí-lo ou demiti-lo.
09) NÃO PERMITIR DESCONTO EM VENDAS DE PASSAGENS AÉREAS OU DE QUALQUER OUTRO SERVIÇO
Desconto na comissão é a forma que
o agente de viagens usa para justificar a venda de uma passagem mais barata
para um cliente com o intuito de garantir a venda. Entretanto, quando essa
venda é feita com dinheiro, esse desconto pode ser um golpe do funcionário para
embolsar esse desconto como uma comissão extra pela venda, sem o cliente saber
e cobrando dele o valor normal da
passagem.
Como forma de restringir essa
prática, qualquer desconto dado pela agência de viagens tem que ter autorização
do supervisor ou do gerente.
AÇÕES DE SEGURANÇA ADOTADAS PELO
GESTOR DE UMA
CONTA CORPORATIVA
01) SOLICITAR A ADMINISTRADORA DO CARTÃO EBTA PARA
ALTERAR A NUMERAÇÃO DO CARTÃO DE CRÉDITO
Esse procedimento é para impedir que o ex-funcionário de uma
agência de viagens utilize o cartão de crédito do cliente para fazer compras de
passagens aéreas em benefício próprio ou de terceiros. Existem duas formas de
um agente de viagens se apossar da numeração de um cartão após a sua demissão:
1) Anotando os dados do cartão na sua agenda particular usada
diariamente por ele no trabalho.
2) Escrevendo os dados do cartão num arquivo do
WORD/EXCELL e salvando-o num pen drive
ou encaminhando-o em anexo para o seu email pessoal.
Caso o cliente (empresa) mude de agência de viagens, o próprio gestor
da conta deve solicitar a administradora do cartão EBTA a alteração da
numeração do cartão de crédito para que os funcionários da antiga agência não
tenham mais acesso aos dados do cartão. Porém, se a empresa precisar da antiga
agência que a atendia para reemitir uma passagem aérea, o ideal é o gestor
autorizar essa reemissão com a forma de pagamento FATURADA, protegendo assim o
acesso de terceiros aos dados do novo cartão.
02) SOLICITAR AOS FORNECEDORES A ALTERAÇÃO DO PROMOCODE DA EMPRESA
Promocode é um código de desconto que varia de 10% a 25% aplicado sobre a tarifa aérea, diária de
hotel e de locação de carro. Ele é
obtido por meio do volume de vendas de uma agência de viagens graças ao grande
número de viagens dos funcionários da empresa atendida por ela. Algumas
agências, com o intuito de ganhar novas contas corporativas em licitações e
prospecção de clientes, fazem cotações de tarifas aéreas e emissão de passagens
aéreas, por exemplo, aplicando o
promocode de uma dessas empresas que atendem, dando a impressão que possuem
tarifas baixas para com isso poder
vencer o preço da concorrência e conquistar a nova conta. O
risco para a empresa detentora desse promocode utilizado indevidamente pela
agência de viagens, é que numa auditoria de um desses fornecedores, ela poderá
perder esse desconto sem ao menos imaginar o porquê. Outra consequência grave
pelo seu uso indevido, é que na hipótese de um acidente ou roubo do carro, a
empresa receberá uma fatura de cobrança pelo sinistro caso a locação do carro
tenha sido feita com a forma de pagamento direto. Mesmo que o motorista não
seja funcionário da empresa, ela terá que pagar a fatura de cobrança, porque o
promocode identifica a sua relação contratual com a locadora do carro, independente
de ter sido a agência de viagens que fez a reserva!
Como forma de evitar essa atitude usurpadora por meio das
agências de viagens, as ações
restritivas que o gestor da conta deve tomar são:
1) Solicitar a nova agência de viagens, que atende a empresa,
a alteração do código dos promocodes utilizados pela empresa para que os mesmos
não sejam usados pela antiga agência de
viagens. Isso porque alguns promocodes são aplicados diretamente em sites da
internet, o que inviabiliza a aplicação de qualquer regra de programação para
restringir seu uso por terceiros.
2) Exigir da agência de viagens uma lista dos promocodes da
sua empresa, marcar uma reunião com o promotor da empresa que fornece esse
promocode e exigir ou se certificar que esse promocode só poderá ser utilizado
no escritório IATA nele cadastrado. Ou seja: mesmo que a antiga agência ainda o
tenha, ela não conseguirá obter o desconto na tarifa aplicada por esse
promocode porque o IATA dela não está autorizado.
3) Conferir se os nomes das pessoas emitidos no relatório do
fornecedor apresentado a empresa como estatística do uso do seu promocode
corresponde a lista dos funcionários cadastrados no RH da empresa. Dessa forma, o gestor da conta terá certeza que a agência de viagens não está
utilizando o promocode da sua empresa para outros fins.
Esse vídeo mostra um agente de viagens tarifando uma locação de
carro utilizando o promocode de uma empresa que não é atendida pela agência
onde trabalha. Repare que o promocode da antiga empresa é aceito normalmente no
comando de tarifamento feito no sistema de reservas da nova agência.
03) PEÇA REFERÊNCIA A AGÊNCIA DE VIAGENS SOBRE O
FUNCIONÁRIO QUE ELA DISPONIBILIZARÁ PARA ATENDER AS SOLICITAÇÕES DE VIAGENS DA
SUA EMPRESA
Experiência em emissão, boa aparência e tempo de casa não são
critérios para avaliar alguém que terá acesso as informações confidenciais de
uma empresa como cartão de milhagem de funcionários e número de cartões de crédito.
É necessário que o gestor da conta avalie se o agente de viagens que presta
serviço no posto da agência dentro da sua empresa é uma pessoa discreta, que
não gosta de fofocas e nem de “bate-papo”, que tenha compromisso com o horário
de atendimento, que saiba se expressar ao telefone e se comunicar bem por email,
além de saber falar inglês. Se possível... Peça a agência de viagens que
informe o CPF do agente de viagens que o dará assistência para consultar no
SERASA se ele tem alguma pendência de pagamento, pois funcionários endividados
são mais propensos a agirem com má-conduta.
AÇÕES DE SEGURANÇA ADOTADAS PELO TI
1) BLOQUEAR NA INTERNET DA AGÊNCIA O ACESSO AOS EMAILS
PESSOAIS (Gmail, Hotmail, Yahoo, etc)
É muito comum promotores de vendas reunirem numa planilha o
máximo de informações dos clientes da empresa para que quando forem demitidos
possam enviar para o seu email pessoal
esse arquivo contendo o perfil da negociação feita com os clientes da antiga
empresa e de posse delas tirarem proveito de conseguir emprego na concorrência
com o argumento de terem uma carteira de clientes que poderá ser usada em
benefício da nova empresa onde trabalharão.
É recomendável também que o TI programe o email da empresa,
utilizado pelo funcionário, para deixar sempre uma cópia no servidor tanto para
uso de backup quanto para efeitos de auditoria dos funcionários com o objetivo
de saber se ele está enviando para o seu email pessoal arquivos privativos da
empresa utilizando o próprio email de trabalho!
Esse vídeo mostra como um
funcionário pode utilizar o seu email pessoal para salvar arquivos
confidenciais de uma empresa sem a mesma ficar sabendo. O que ele faz é enviar
em anexo um arquivo para ele mesmo!
2) CONFIGURAR UM PROXY E UM BOM FIREWALL DANDO ACESSO
APENAS AOS SITES DE USO DIÁRIO DA AGÊNCIA
Além de inibir o phishing, esse procedimento serve também
para proteger os computadores da empresa de vírus que se espalham pela rede
além de bloquear downloads de arquivos com extensão .exe. 3) SUGERIR A COMPRA DE COMPUTADORES QUE NÃO POSSUAM DRIVE
DE CD E NEM ENTRADAS USB PARA EVITAR O USO DE PEN DRIVES, MODENS E GRAVAÇÃO DE ARQUIVOS
EM CD
Embora esse procedimento seja difícil, uma vez que se pode
desconectar a tomada USB do teclado para inserir um pen drive e gravar
programas e arquivos privativos da empresa nele, esse bloqueio pode ser obtido
com a ajuda de um carpinteiro que poderá fabricar gabinetes com grades de
tábuas ou armários que tampariam o acesso às portas USB da CPU. Mesmo que a rede da empresa esteja bloqueada para downloads, ainda sim, é possível um funcionário instalar programas por meio de um modem 3G conectado na porta USB do PC, ou utilizando um smartphone como modem via tethering para burlar o bloqueio de download na internet da empresa.
Somente o computador da supervisão e da gerência deve ter portas
USB e drive de CD acessíveis.
4) FORMATAR O COMPUTADOR OU RECONFIGURÁ-LO PARA UM PONTO
DE RESTAURAÇÃO ESPECÍFICO
O ex-funcionário pode ter instalado sem o conhecimento da
empresa algum programa de acesso remoto como TEAM VIEWER, VNC ou LOG ME IN. Esses programas são também utilizados pelos funcionários de TI da agência, e até mesmo instalados por eles nas máquinas dos agentes de viagens para os dar assistência remota. Porém, ao mesmo tempo que ajudam na resolução de problemas de instalação e configuração, eles podem ser o algoz de uma empresa caso o funcionário acesse o programa para configurar um login e senha fixo. Por isso,
ao formatar um PC ou reconfigurá-lo para um ponto de restauração, tudo que foi
baixado ou instalado desde a data que aquele ex-funcionário começou a utilizar
a máquina será então apagado. Esse procedimento é muito mais rápido e seguro do que um
funcionário de TI interromper suas tarefas
para analisar pasta por pasta no
computador se existe algum programa espião instalado pelo ex-funcionário.
Esse vídeo foi feito por meio de
gravação de tela utilizando o TEAM VIEWER durante um processo de assistência remota do TI da agência de viagens no PC de um de seus funcionários. Da mesma forma que ele é usado com boas intenções o inverso pode ocorrer também, e não somente por parte do ex-agente de viagens que foi demitido, mas também pelo próprio TI, uma vez que muitos fazem uma planilha Excel contendo o login e senha fixo de cada computador remoto da agência. Para esse TI não usar de má-fé contra a empresa onde trabalhou, o ideal é a agência ordenar a reconfiguração de todas as senhas desses programas de acesso remoto instalados em seus PCs, ou desinstalá-los porque formatar todas as máquinas é completamente inviável!!!
5) DESABILITAR A IMPRESSORA DOS PCs DOS FUNCIONÁRIOS
Além de economizar dinheiro com compra de cartuchos, a
agência de viagens dificulta que documentos da empresa sejam impressos e
levados escondidos pelo funcionário que poderá escaneá-los em casa. Somente o
PC do supervisor ou do gerente deve está com a impressora habilitada para
impressão.
AÇÕES DE SEGURANÇA ADOTADAS PELOS
AGENTES DE
VIAGENS
1) NÃO USAR COMO RASCUNHO E NÃO DEIXAR EXPOSTO NA MESA
CÓPIAS DE DOCUMENTOS E DOS CARTÕES DE CRÉDITO DOS CLIENTES
Após efetivar a venda de um produto, não amasse e não jogue
no lixo os documentos do cliente que você imprimiu ou tirou cópia. Os mesmos
devem ser rasgados em tiras antes de serem jogados no lixo ou arquivados numa
pasta particular de vendas efetuadas.
2) GUARDAR NUM ARMÁRIO OU GAVETA DE MESA DOCUMENTOS
IMPORTANTES DA AGÊNCIA DE VIAGENS E DOS
CLIENTES
Lugar de documentos importantes não é em cima de mesas, pois
os mesmos podem sumir durante a faxina do pessoal da limpeza. Se o agente de
viagens trabalhar em algum posto dentro das dependências de uma empresa, o
armário ou a gaveta deve ser trancado para evitar o acesso de pessoas não
autorizadas em manuseá-los!
3) NÃO ACEITAR A SENHA DE ACESSO AO PROGRAMA DE
FIDELIDADE DE UM CLIENTE PARA EMITIR PASSAGENS DE BÔNUS DE MILHAGEM EM SEU
LUGAR
O máximo que um agente de viagens deve fazer é informar quantas
milhas são necessárias para obtenção de um bilhete prêmio. Quanto a reserva e
emissão desse bilhete, que envolve inclusive débito das taxas de embarque no
cartão de crédito do passageiro, isso deve ser feito pelo próprio participante
do programa ou pela sua secretária.
Esse procedimento visa preservar o agente de viagens de não
ser acusado ou questionado depois pelo cliente sobre o desaparecimento de
milhas na sua conta. Além é claro, de não interromper o seu trabalho para fazer
favores pessoais a clientes que mais tarde poderão pedí-lo para tentar mudar
datas de vôos e sabe-se lá mais o que, de tal forma que atrapalhe o foco no seu
trabalho.
4) DESASSINAR-SE DOS SISTEMAS DE EMISSÃO (GDS, PORTAIS,
SITES DE CIA AÉREAS E DE OPERADORAS, etc) AO SE AUSENTAR DA SUA POSIÇÃO DE
ATENDIMENTO PARA ALMOÇO, REUNIÕES OU IR AO BANHEIRO
Algum funcionário com más intenções pode acessar sua máquina
durante a sua ausência e fazer uso da sua assinatura que ficou ativa para
responsabilizá-lo por algum procedimento indevido que ele não quis fazer na
assinatura dele ou simplesmente para prejudicá-lo no trabalho.
5) ALTERAR FREQUENTEMENTE SEUS LOGINs e SENHAS
Numa agência de viagens é comum funcionários recém-contratados
não terem acesso a todas as assinaturas para acessar sites e sistemas de
reserva e emissão de serviços de viagens. Por isso, os funcionários mais
antigos acabam sendo “obrigados” a emprestarem suas assinaturas para que esses
funcionários possam trabalhar. O
problema é que se algo der errado, quem será responsabilizado é o portador
daquela assinatura. A não ser que ele faça um controle de data e horário de
quem usou sua assinatura para emitir ou reemitir tal bilhete e que tenha o
hábito de frequentemente alterar o seu login de acesso aos sites e sistemas
utilizados pela agência de viagens, o portador dessa assinatura terá muita
dificuldade em explicar que não foi ele quem fez tal reserva.
6) CADASTRAR UMA SENHA DE ACESSO AO SEU COMPUTADOR
Essa senha é importante principalmente se a agência de
viagens possui algum posto dentro das dependências de uma empresa. O supervisor
da agência deve ter conhecimento dessa senha para que no caso haja a
necessidade de um outro agente acessar tal máquina, ele saiba qual é a senha de
acesso.
Esse procedimento assegura que pessoas estranhas não
acessem o computador sem a permissão da agência de viagens ou do
funcionário que o opera.
O vídeo a seguir mostra como bloquear quartos de hotéis com nomes falsos de hóspedes para garantir sempre vagas num hotel para clientes frequentes de uma agência de viagem.
Neste vídeo, DOUGLAS WIRES comenta uma reportagem do FANTÁSTICO que noticiou como uma família acumulou milhas no cartão com pagamento de boletos "falsos".
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