Douglas Wires nasceu em 1971, é casado e mora atualmente no Rio de Janeiro, atuando no mercado de turismo desde 1995. Fluente em inglês, é emissor Amadeus e Sabre de passagens aéreas nacionais e internacionais. Trabalhou em empresas como: VARIG, OCEANAIR e CARLSON WAGONLIT, adquirindo sólidos conhecimentos e experiência em cálculos de tarifas aéreas, supervisão de reservas e negociação de serviços de viagens.

COOPERATIVA DE TAXIS DISPUTAM CLIENTES COM AS AGÊNCIAS DE VIAGENS

Traslado privativo é um serviço disponibilizado por agências de viagens para buscar viajantes que desembarcam num aeroporto e levá-los até o hotel ou para outro lugar. O motorista pode ser bilíngue e o carro, um modelo de luxo com ar e até blindado, se for solicitado pelo cliente.


A concorrência com as cooperativas de taxis que atuam no aeroporto é cada vez maior devido ao processo de redução de custos, pois é muito mais barato o deslocamento de taxi do que uma empresa agendar um traslado privativo com uma agência de viagem e ainda ter que pagá-la pela intermediação desse serviço (comissão da agência  pelo serviço solicitado).

Muitas cooperativas, como a COOPATUR, oferecem esse serviço disputando o cliente com as agências de viagens. Para isso, elas utilizam o seguinte artifício:

  1. Agendam uma reunião com o departamento de contas a pagar ou RH de uma empresa.
  2. Ao se encontrar com o Gestor de Contas da empresa, o promotor negocia uma tarifa única para a empresa, sem ser pela tabela do taximetro. Essa tarifa seria aplicada somente para os trechos: AEROPORTO / HOTEL / AEROPORTO, AEROPORTO / EMPRESA / AEROPORTO, HOTEL / EMPRESA / HOTEL,ou vice-versa.
  3. A negociação do pagamento é fechada com a forma de faturamento. Ou seja, a cada 15 dias ou 30 dias, a empresa recebe um boleto para pagar todos os serviços que foram agendados por email para os seus funcionários que utilizaram.

Entretanto, o que passa desapercebido pelas empresas que contratam esse serviço com as cooperativas de taxi, são os seguintes problemas:

  • A maioria dos motoristas de taxis não falam outro  idioma.
  • Nem todas as cooperativas tem uma sala-vip ou ponto de encontro dentro do aeroporto para o viajante ser atendido e guiado até o taxi.
  • Os operadores das centrais de atendimento não são agentes de viagens. Ou seja, não têm como fazer acompanhamento da viagem do passageiro. Se o vôo dele atrasar, esses operadores não saberão e por isso o passageiro que desembarca de madrugada, devido ao atraso do seu voo, corre o risco de não ter nenhum taxista o esperando.  
  • Sobrecarga de trabalho para as secretárias e recepcionistas da empresa, que acabam tendo que coordenar com os operadores da cooperativa os passos do viajante. Além disso, funcionário algum fica depois da hora sem ganhar hora-extra para fazer esse acompanhamento e deixar tal responsabilidade nas mãos de uma cooperativa de taxi, principalmente se tratando de um presidente ou palestrante de algum congresso, pode ser um risco desnecessário.
  • Desorganização e insegurança nos agendamentos. ("Já testemunhei casos da recepcionista de uma empresa ter feito o agendamento com 30 dias de antecedência e quando ligou para conferir o agendamento no dia do traslado, foi informada que não havia agendamento algum.")

Realmente, contra preço não há como competir, ainda mais que se trata de um serviço agendado com o próprio fornecedor do produto. A melhor solução para esse caso, é a agência de viagem alugar um carro para o viajante, pois em muitos casos, a tarifa de locação diferenciada acaba tendo o mesmo custo-benefício do que uma corrida de táxi. 

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