Traslado privativo é um serviço disponibilizado por agências de viagens para buscar viajantes que desembarcam num aeroporto e levá-los até o hotel ou para outro lugar. O motorista pode ser bilíngue e o carro, um modelo de luxo com ar e até blindado, se for solicitado pelo cliente.
A concorrência com as cooperativas de taxis que atuam no aeroporto é cada vez maior devido ao processo de redução de custos, pois é muito mais barato o deslocamento de taxi do que uma empresa agendar um traslado privativo com uma agência de viagem e ainda ter que pagá-la pela intermediação desse serviço (comissão da agência pelo serviço solicitado).
Muitas cooperativas, como a COOPATUR, oferecem esse serviço disputando o cliente com as agências de viagens. Para isso, elas utilizam o seguinte artifício:
- Agendam uma reunião com o departamento de contas a pagar ou RH de uma empresa.
- Ao se encontrar com o Gestor de Contas da empresa, o promotor negocia uma tarifa única para a empresa, sem ser pela tabela do taximetro. Essa tarifa seria aplicada somente para os trechos: AEROPORTO / HOTEL / AEROPORTO, AEROPORTO / EMPRESA / AEROPORTO, HOTEL / EMPRESA / HOTEL,ou vice-versa.
- A negociação do pagamento é fechada com a forma de faturamento. Ou seja, a cada 15 dias ou 30 dias, a empresa recebe um boleto para pagar todos os serviços que foram agendados por email para os seus funcionários que utilizaram.
Entretanto, o que passa desapercebido pelas empresas que contratam esse serviço com as cooperativas de taxi, são os seguintes problemas:
- A maioria dos motoristas de taxis não falam outro idioma.
- Nem todas as cooperativas tem uma sala-vip ou ponto de encontro dentro do aeroporto para o viajante ser atendido e guiado até o taxi.
- Os operadores das centrais de atendimento não são agentes de viagens. Ou seja, não têm como fazer acompanhamento da viagem do passageiro. Se o vôo dele atrasar, esses operadores não saberão e por isso o passageiro que desembarca de madrugada, devido ao atraso do seu voo, corre o risco de não ter nenhum taxista o esperando.
- Sobrecarga de trabalho para as secretárias e recepcionistas da empresa, que acabam tendo que coordenar com os operadores da cooperativa os passos do viajante. Além disso, funcionário algum fica depois da hora sem ganhar hora-extra para fazer esse acompanhamento e deixar tal responsabilidade nas mãos de uma cooperativa de taxi, principalmente se tratando de um presidente ou palestrante de algum congresso, pode ser um risco desnecessário.
- Desorganização e insegurança nos agendamentos. ("Já testemunhei casos da recepcionista de uma empresa ter feito o agendamento com 30 dias de antecedência e quando ligou para conferir o agendamento no dia do traslado, foi informada que não havia agendamento algum.")
Realmente, contra preço não há como competir, ainda mais que se trata de um serviço agendado com o próprio fornecedor do produto. A melhor solução para esse caso, é a agência de viagem alugar um carro para o viajante, pois em muitos casos, a tarifa de locação diferenciada acaba tendo o mesmo custo-benefício do que uma corrida de táxi.
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