Douglas Wires nasceu em 1971, é casado e mora atualmente no Rio de Janeiro, atuando no mercado de turismo desde 1995. Fluente em inglês, é emissor Amadeus e Sabre de passagens aéreas nacionais e internacionais. Trabalhou em empresas como: VARIG, OCEANAIR e CARLSON WAGONLIT, adquirindo sólidos conhecimentos e experiência em cálculos de tarifas aéreas, supervisão de reservas e negociação de serviços de viagens.

GOLPE DA CONCILIAÇÃO DO BILHETE AÉREO


Esse golpe é feito em conjunto por um agente de faturamento e por um emissor.

Era uma vez, numa agência de viagem, um agente de faturamento que fazia a conciliação dos bilhetes emitidos pela agência. Por trabalhar nesse setor ele tinha acesso ao sistema de contabilidade da agência, ao contrário dos consultores de viagem. Porém, ele não tinha acesso aos portais de emissão de passagens e por isso precisava aliciar um consultor para poder pôr sua fraude em prática uma vez que havia aberto uma agência de viagem que ninguém na agência onde trabalha sabia.

Ao conseguir o aliciamento, o agente de faturamento começou a pagar comissão para os consultores como forma de mantê-los envolvidos na sua fraude, pois a mesma só funcionaria se ambos agissem em conjunto e sem o conhecimento de qualquer outra pessoa na agência.

Funcionava assim:

ETAPA 1 – EMISSÃO DA PASSAGEM
Para não deixar rastros nos e-mails da empresa, o agente de faturamento pedia pelo WHAT’S UP para o consultor emitir as passagens com a forma de pagamento faturado.

ETAPA 2 –ESCONDENDO O ROUBO
Após isso, o consultor registrava a venda alterando a forma de pagamento  com um cartão de crédito falso.


ETAPA 3 – A CONSUMAÇÃO DA FRAUDE  
Imediatamente, o agente de faturamento, utilizando suas credenciais de acesso ao sistema de contabilidade, acessava o código dessa passagem que foi registrada com a forma de pagamento errada e conciliava a venda como finalizada, dando a impressão no relatório de vendas que o saldo está positivo!

COMO O GOLPE FOI DESCOBERTO
Esse golpe durou 2 anos e meio e gerou uma perda de R$ 430 mil, aproximadamente. O agente de faturamento já estava desconfiado que haviam descoberto sobre a fraude após uma auditoria financeira durante suas férias. Dois meses depois, ele pediu demissão antes que fosse demitido por justa causa. Mas restavam os consultores... Então, certo dia, ele ligou para um deles e pediu que emitisse umas passagens usando o mesmo método. Os consultores fizeram, só que esqueceram que o seu parceiro que escondia seus rastros não estava mais na empresa. Ele até tentou aliciar um novo agente de faturamento ligando para o seu antigo departamento de faturas para pedir ajuda a um dos agentes que trabalhava com ele e que tinha grande amizade. Mas esse  se negou a fazer a fraude que pediu. Com isso, pelos localizadores descobriu-se os consultores e os mesmos foram orientados pela gerência a pedirem demissão, caso contrário seriam demitidos por justa causa.

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