Douglas Wires nasceu em 1971, é casado e mora atualmente no Rio de Janeiro, atuando no mercado de turismo desde 1995. Fluente em inglês, é emissor Amadeus e Sabre de passagens aéreas nacionais e internacionais. Trabalhou em empresas como: VARIG, OCEANAIR e CARLSON WAGONLIT, adquirindo sólidos conhecimentos e experiência em cálculos de tarifas aéreas, supervisão de reservas e negociação de serviços de viagens.

TURISMO SUSTENTADO POR MENTIRAS NA MÍDIA

O que há em comum no monstro do Lago Ness, no ET de Varginha, no abominável homem das neves e no chupa-cabras? Todos eles são mitos criados pelo homem com o intuito de aplicar “trotes” em pessoas e que devido sua repercussão, foram usados pela mídia para incentivar o turismo nas cidades em que foram “vistos”, criando-se assim um folclore moderno de pequenas estórias amplamente divulgadas de forma oral, por e-mails e pela internet.

Os turistas, então, são atraídos por essas estórias contadas por moradores locais que dizem ter testemunhado tais acontecimentos. Às vezes, as reportagens são patrocinadas pelo governo com o intuito de formentar o comércio, o fluxo de visitantes na cidade e conseqüentemente, o aumento da arrecadação de impostos.

E então, dá-se origem as várias lendas urbanas que hoje já ouvimos falar: castelos e museus mal-assombrados, ETs, fatos sobrenaturais, etc. Até mesmo, o navio Queen Mary I tem o estigma de ser mal-assombrado!

Mesmo sendo descoberto a fraude, a maioria das pessoas da cidade onde o mito foi criado preferem viver a mentira e continuar a “alimentando”.

O monstro do Lago Ness é um exemplo clássico disso e já foi lançado em 2008 até um filme a seu respeito. Tudo começou em 1934, quando R.K. Wilson tirou a primeira foto do que então se dizia ser um monstro marinho e somente 60 anos depois revelou que a fotografia tirada por ele e que deu origem a toda a lenda do monstro do Lago Ness era na verdade um submarino de brinquedo com uma cabeça de serpente colada nele.

Roswell, nos USA, é outro exemplo comprovado de farsa. A cidade ficou mundialmente conhecida pela estória da queda de um disco voador em que a suposta morte de seus 3 ocupantes (ETs) resultou no primeiro filme de uma autópsia num alienígena. O caso ganhou tanta repercussão que filmes, livros, revistas e tudo mais que se podia especular com a mídia para ganhar dinheiro foi feito.

Só depois de alguns anos, descobriu-se que os ETs autopsiados no filme eram na verdade bonecos, sendo que um deles está em exposição no museu da cidade. Roswell vive hoje da fama do passado e tudo indica que o ET de Varginha, está seguindo os mesmos passos.

Lendas urbanas não são apenas uma das formas de sustentar uma mentira e tirar proveito financeiro dela. Há ainda o turismo que explora a fé de pessoas que desacreditadas pelos médicos, viajam para outras cidades e países em busca da cura para os seus problemas de saúde.

Na internet encontra-se facilmente sites de agências de viagens e de guias de turismo que vendem pacotes turísticos espirituais ou esotéricos ou místicos para vários lugares onde tais médiuns operam. Eles enaltecem os poderes milagrosos de cura desses curandeiros, exibem reportagens e supostos testemunhos verídicos para atraírem cada vez mais peregrinos. Além de serem enganados, ainda correm o risco de agravar suas doenças ao interromper o tratamento médico acreditando que estão curados.

Dr. Fritz, um espírito de um médico alemão que incorpora em outra pessoa, e John of God, um médium que atua livremente em Abadiania, são alguns casos frequentemente noticiados na imprensa brasileira. E como eles, a outros charlatães espalhados pelo mundo.

Nesse próximo vídeo, James Randi, um cético americano que desafia paranormais e qualquer outra pessoa que diz ter poderes psíquicos, mostra como falsos curandeiros atuam em cirugias mediúnicas. Não se impressione com o sangue e os pedaços de carne que você vê. Eles são de órgãos de galinha que são escondidos por detrás da mão de Randi para passar a impressão que sua mão e dedos estão entrando no corpo do paciente e retirando o câncer que causa sua doença.


São tantas as mentiras para tirar dinheiro das pessoas que um pouco de ceticismo faz bem para quem deseja dar um pouco mais de prioridade aos gastos com o seu dinheiro na escolha da compra de atrações turísticas sensatas do que deixar se levar pela falta de caráter de certos agentes de viagens e guias de turismo que visando a venda de um produto que os remuneram uma alta comissão, estimulam o cliente a ser enganado por ilusões e farsas.

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