Quando se usa published fares para
emitir RTW tickets, é comum perceber que os contratos costumam
regulamentar a viagem do PAX em um só hemisfério (Norte ou Sul), restringindo backtracking,
ou permitindo uma única travessia para outros países acima ou abaixo da linha
do Equador, como na Austrália, caso a maior parte da viagem aconteça no
Hemisfério Norte.
De acordo com o
programa, as definições de localização no atlas muda, por exemplo, o Panamá que
está localizado na América Central para efeito de aplicação do Programa OneWorld
Explorer tem sua localização definida como América do Norte. São vários os
tipos de aplicação de tarifas para cada tipo de programa de volta ao mundo,
cada um com termos e condições distintos um do outro.
- OneWorld oferece tarifas baseadas por áreas, todavia, esta
aliança também oferece aos viajantes um outro programa calculado por milhas
chamado Globe Explorer, que não tem a limitação da tarifa por direção da
Star Alliance. Dependendo do itinerário do passageiro, Global
Explorer Fare pode oferecer um bom valor. Ela é mais flexível do que as
tarifas por rota e o passageiro ainda pode retornar ao ponto de desembarque
anterior, seja este ponto a mesma cidade ou continente, ou fazer uma rota em
zigue-zague. Todavia, esta tarifa é limitada ao número total de milhas voadas
permitido, enquanto que nas tarifas por rota da Star Alliance o passageiro não
tem esta restrição.
- Star
Alliance permite viagens
para destinos múltiplos contanto que sejam para a mesma direção global cujos
itinerários cruzem o Oceano Atlântico e o Pacífico, sem direito a backtracking.
Este programa pode se tornar caro se for para viagens para a Austrália. Para
compensar essa desvantagem, existe um outro programa de milhagem chamado Escapade
Airfare que oferece uma economia considerável em relação ao valor de um
bilhete emitido com o programa de rotas da Star Alliance. Escapade
Airfare permite muitas paradas na Ásia ou no Pacífico ou pode ser usada
como programa de ligação entre os continentes Africano e Asiático, todavia o
programa de rotas da Star Alliance é melhor para ser aplicado para
viagens à Europa do que o programa Escapade Airfare.
Note também que uma cia aérea, fazendo
parte de uma aliança, pode unir sua força de mercado com outra cia aérea para
oferecer vários programas com tarifas RTW mais baratas e menos restritivas do
que a tarifa aplicada pela própria aliança que faz parte. United Airlines &
Emirates Air são um desses exemplos, quando disponibilizaram em 2006 um
programa que permite viagens pelo Pacífico Sul, com ou sem paradas na
Austrália, por um preço bastante acessível. Uma amostra do itinerário possível
com este programa com surface entre Paris e Zurich é:
Los Angeles - Hawaii - Tokyo - Hong Kong - Singapore - Sri Lanka - Maldives
- Dubai - Istanbul -
Zurich
\ Paris - Washington D.C. - Miami - Los Angeles
Algumas vezes, uma cia aérea como
Singapore Airlines, pode oferecer a menor tarifa RTW por direção global do que
a da aliança que faz parte. Devido não ter linhas suficientes ou permissão para
voar dentro de um país, a sua tarifa RTW acaba sendo incompleta. Neste exemplo
de viagem abaixo...
New York - Amsterdam - Singapore - Tokyo - Los Angeles
... notamos que o passageiro iniciou sua
viagem de New York com destino final em Los Angeles via Hemisfério Norte.
Todavia o segmento de Los Angeles para a residência do passageiro em New York
será por conta dele devido Singapore Airlines não ter permissão para voar
dentro dos Estados Unidos. Para oferecer aos seus passageiros uma tarifa RTW
completa, a Singapore Airlines fez parceria com a Virgin Atlantic Airlines que
opera o trecho doméstico dentro dos Estados Unidos.
Os principais programas de alianças com
tarifas de volta ao mundo são:
ALIANÇAS
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PÁGINA NA
INTERNET
|
ALGUMAS
CIAS AÉREAS PARTICIPANTES
|
STAR
ALLIANCE
|
www.staralliance.com
|
Air Canada, Air New
Zealand, All Nippon, Austrian Airlines, Lufthansa, Mexicana, Scandinavian Airlines, Singapore Airlines,
Thai Airways, United Airlines, Varig e outras.
|
ONE
WORLD
|
www.oneworldalliance.com
|
American Airlines, British Airways, Cathay Pacific, Finnair, Iberia,
Lan Chile,
Qantas e outras.
|
SKYTEAM
|
www.skyteam.com
|
Aeroméxico, Air
France, KLM, Alitália, Continental Airlines, CSA Czech Airlines, Delta,
Korean Air, Nortwest Airlines, e outras.
|
OBSERVAÇÕES
SOBRE OS CONTRATOS COM PROGRAMAS RTW
1) BACKTRACKING
Certas tarifas de programas RTW costumam
estipular regras para que a viagem seja na mesma direção global para restringir
backtracking. Por isso, é comum encontrar em contratos frases camufladas
do tipo:
“NOT
MORE THAN ONE CROSSING MAY BE PERMITTED BETWEEN
AREA 2
AND AREA 3 IN AN ENTIRE JOURNEY.”
Isto significa que, estando o passageiro
na área 3, ele não poderá voltar para a área 2 para fazer conexão ou para
visitar algum outro país diferente do primeiro que ele visitou na área 2, e
depois seguir viagem para outro país na área 3. Todavia, backtracking entre
as áreas: 1 e 2, 1 e 3 ou vice-versa, é permitido.
Backtracking pode ser aplicado entre continentes (áreas IATA) ou dentro de um
país. Cada vez mais, devido a competição de mercado, os programas RTW têm
diminuído a restrição quanto a sua aplicação. Porém, alguns detalhes valem ser
observados:
- O ponto de origem ou o ponto de
destino não pode ser usado como um ponto intermediário na mesma quebra de
tarifa. Seguindo este raciocínio, os exemplos
seguintes não seriam permitidos:
YYZ / LHR / CDG / ZRH / FRA / ZRH ou BKK / SIN /
HKG / BKK / LAX / YYZ
- Você pode viajar via o mesmo ponto
intermediário mais de uma vez, desde que faça apenas um stopover. Se considerarmos neste exemplo dois stopovers em Paris, a tarifa
do trecho PAR FRA PAR seria uma side trip:
YYZ / LHR / CDG / FRA / CDG / ATH
Para facilitar o entendimento do que venha
a ser uma side trip, pode-se dar 3 exemplos:
a) ONE WAY (quando o segmento for surface):
...BRU /-AMS SN BRU BA...
b) ONE WAY (segundo segmento sendo surface):
...BRU SN AMS/-BRU BA...
c) ROUND TRIP (quando não houver surface):
...BRU SN AMS SN BRU
BA...
2) HIGH INTERMEDIATE POINT
Algumas regras tarifárias especificam o
Ponto Intermediário Mais Alto no parágrafo HI, e sua consulta não pode
ser negligenciada, pois quando a tarifa até a cidade intermediária é mais cara
do que o destino, prevalece a tarifa do Ponto Intermediário Mais Alto. Esse
tipo de situação ocorre frequentemente em vôos com escala ou com conexão.
3) OPEN TICKETS: PAPEL OU
ELETRÔNICO?
Para certos países com pouca infra-estrutura
aeroportuária como Índia, Nepal, Paquistão, Vietnam e a maioria dos países
Africanos, o bilhete de papel é mais recomendável do que o eletrônico, pois:
- o passageiro já tem em mãos o boarding
pass e não corre o risco de perder o vôo em caso do sistema aeroportuário
de um destes países ficar fora do ar,
- o passageiro tem mais facilidade de
conseguir endosso para viajar com outra cia aérea caso o vôo da cia aérea
emitido no seu bilhete tiver sido cancelado ou estiver atrasado.
É claro que o E-TKT é mais vantajoso por
permitir ao PAX por telefone solicitar a sua agência a reemissão ou emissão do
trecho que deseja viajar, sem acarretar também no gasto com o envio postal.
Entretanto, seja qual for a forma de emissão, bilhetes em aberto não são tão flexíveis
quanto se pensa. A maioria dos RTW tickets exigem que a rota e as datas
sejam especificadas antes do início da viagem. Isto não significa que o
passageiro poderá mudar a data sem o pagamento de multa, mas a mudança da rota
especificada no bilhete implica no pagamento de multa.
4) FERRAMENTAS DE TRABALHO PARA EMITIR RTW
TICKETS
FRASES QUE VOCÊ PODERÁ ENCONTRAR NOS CONTRATOS
|
O QUE VOCÊ PRECISA SABER?
|
POR
QUÊ?
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“Any increase in fare will be
collected and any decrease will be refunded in the form of an MCO for refund
in the country of sale.”
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Como emitir VMPD via BSP link para gerar MCO
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Miscellaneous Charge Order (MCO) é exigido
como obrigatoriedade neste programa quando for reembolso.
|
“Mileage surcharges are not
permitted (eg. you can't have an itinerary of 36.000 miles) and surface
sectors must be included in the total mileage.”
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Como calcular MPM & TPM no GDS
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Devido os programas RTW utilizarem
também tarifas calculadas por milhas.
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“First class passengers may
travel on BA Concorde flights for an additional charge of USD 1800 per flight
segment. It must be identified as a D- in the fare calculation.”
|
Como construir manualmente a máscara do bilhete no GDS
|
A maior parte das tarifas RTW são
construídas manualmente para especificar na construção tarifária as informações
exigidas nos programas dos contratos.
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“Two
additional flight segments within each continent, except the continent of
origin, may be purchased. Each additional segment at a charge of:”
FIRST CLASS: GBP 350.00/EUR 450
BUSINESS CLASS: GBP 200.00/EUR 300
ECONOMY CLASS: GBP 75.00/EUR 100
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Como inserir
sobretaxas na construção tarifária do TKT
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O valor da
sobretaxa (surcharge) é inserido
manualmente na máscara do TKT para poder ser exibida na construção tarifária
do bilhete ao lado do código Q seguido do par de cidades.
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Como consultar câmbio no GDS para converter moedas
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Se a moeda do TKT original não for
exibida em USD, será necessário convertê-la através do uso do Banking
Selling Rate (do sistema Amadeus). Isto acontece na maior parte das vezes
quando se trata de SITO.
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